quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fragmentos dos nossos erros

foto: Ipê branco no meio do Cerrado Baiano - Érica Beltreme

O que seus olhos podem ver?
Até onde você consegue chegar?
Esse não é o mesmo lugar que sonhou?
Estamos fisgando um horizonte desfigurado

O que temos hoje parece estar traçado
O que vimos no ontem nem ao menos entendemos
O que você sente é apenas o que seus olhos podem ver
Até quando seremos cegos?

E essa busca está errada
E essa estrada já não te configura mais
Os olhos pulsam e a cabeça frisa um vazio
A existência acabou, ou são somente os fragmentos do feito errado?

A existência acabou, ou seus olhos não te deixam sentir?
São fragmentos do nosso erro
A existência acabou, estamos cegos

Será que vamos reagir?
Será que queremos ressentir?
Será que vamos nos alcançar?
Vamos apenas fisgar o horizonte configurado

E quando olharmos para as paredes brancas
Será um novo sentido
O que nos resta agora são os novos traços
Configurar o que já não nos pertence mais  

Estamos desconfigurados
Gritando sem agir
Estamos amarrados e pertencendo ao vazio
Vamos apenas fisgar um horizonte configurado e sentir
..Érica Beltrame

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Malevolência da existência

Desenho: Sem mascaras - Érica Beltrame

Eu tenho tentado encontrar uma brecha, pequena, proporcional ao tamanho da vontade que tenho sentido em estar presente no aqui e agora. São estreitos e bastante insignificantes o que ainda me parece fazer algum tipo de sentido. Tenho entrado em um estado diferente em determinados dias, até mesmo o medo de não dormir não me é mais medo, tenho a coragem dos pequenos e manipulados comprimidos.
  
Às vezes pela fresta da janela a brisa me agita, e em pequenos e desconsideráveis instantes, me preparo para sair.  É incomparável o que sentimos, mas sempre existirá a ignorância e a pretensão dos que acham que podem acrescentar algo em torno do que está sendo apreciado por um momento de um. Existem momentos que só são possíveis a um, e esse é o meu momento.

Penso em mariposas, o meu despertar poderia ser o de uma borboleta, mas talvez por apreciar nesse momento à noite, que me assegura o não precisar sair para o encontro desprezível dos seres, me asseguro nas mariposas. As mariposas diferentes das borboletas pousam com suas asas abertas, e tem hábitos noturnos, para mim é um ato que expressa coragem. São consideradas em algumas culturas como bruxas.

Não tenho nada de bruxa, a não ser que minha mudança de humor em consequência das mudanças do ciclo lunar seja um sinal de bruxaria em meu ser, caso contrario nada me remete a uma tendência ao ser bruxa.
Eu sempre questionei a existência, questiono, mas não a afronto, pelo menos não tenho afrontado nos últimos 6 anos. A única coisa que não pretendo questionar é se escrevo para me mostrar, e se me mostro na tentativa de me esconder.

A pretensão é inerente a qualquer ser que exista com consciência, com a racionalidade em uso, então escrever é um ato pretensioso de difundir o que se sente, ou o que somente é criado por não ser possível de se sentir. E o que eu crio agora expressa o que não posso sentir.

E essa malevolência que insiste na minha companhia, e que feito um casulo a cada dia espreme a minha existência como se houvesse a necessidade de renascer de ressentir. E nesse instante a única coisa notável é a lua riscando como se fosse um sorriso o céu.

Existe uma magia nesses traços, mas nada é o suficiente para uma bruxaria, é uma saborosa e única maneira que me encontro em dias que nada mais é, a não ser essa desistência do ser. 
..Érica Beltrame

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que pulsa ainda é o pulso

Foto: Sem você eu não vivo - Érica Beltrame

Pânico,
Bullying
Depressão
Esquizofrenia

E a mente ainda é mente

Bipolaridade,
Ressaca e dor de dente
E o corpo ainda é corpo


Cyberbullying
Mobbing
Toc
Stress
Bulimia

E a mente ainda é mente

Xenofobia
TPM e Dengue 
O corpo agora pulsa
E a mente agora mente.
..Érica Beltrame

Conexão

foto:Érica Beltrame 
Dispositivo 
Extensão
Caracteres
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Explorar 
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Disponibilidade

Responsabilidade
Informações
Veridicidade  
Temporalidade

Fragmentado
Tempo
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Conteúdo
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..Érica Beltrame